terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Queria ter-te aqui ao pé de mim....

Queria ter-te aqui, bem ao meu ladinho!!!! A tomar conta de mim, preocupado com a minha existência.


Sinto que estás cada dia mais afastado! Às vezes já nem sinto nada!!!! Escrevo sem qualquer esperança imediata que voltes a aparecer. Toma conta do meu coração, ele é teu e deixei-o contigo.
Mesmo assim, apesar de todo o teu desprezo, da tua ausência, e da forma como me tens mostrado que afinal tudo não passou de um pesadelo, mesmo assim, hoje queria que estivesses ao meu lado.
Estou mais uma vez cheia de coisas que me animam, que me podem entusiasmar, mas sem te poder contar, sem te poder falar, e sem a certeza se alguma vez as saberás.
A importância que te dou é simplesmente demasiada. É demais o que sinto por ti, e a forma estranha como me fazes falta. Querer estar com uma pessoa tem de ser muito mais do que sonhar com isso! Tens de fazer acontecer, ou se não contar a verdade e desistir.
Um dia pode ser que ainda voltes à minha vida como antes, pode ser que ainda te sinta como antigamente, nos tempos antigos, em que estivémos próximos. Até lá, fecho os olhos e imagino o que podia ser, e não é, o que eu queria que fosse, mas não pode acontecer, e como o impensável e irrealizável, me assusta, com medo de perder a capacidade de sonhar novamente.
Devolve-me o meu coração se ele não te faz mais falta, mas até lá toma bem conta dele, porque está contigo. Confesso que para mim não o quero mais! Queria-te a ti, e por isso ficar sem coração é bem melhor do que ficar sem ti. Prefiro deixar de existir, desde que te tenha ao pé de mim num último momento.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

domingo, 6 de dezembro de 2009

Serás tu o meu Edward?????

Há coisas impossíveis e tu és uma delas na minha vida! É como se não pudessem mesmo acontecer!!!!! Mas mesmo essas coisas, por vezes dão-nos força a lutar e a querer mais.
Sei que não és para mim, sei que nunca ia dar certo, sei que temos vidas completamente diferentes, mas mesmo assim, sei que existes, sei que te adoro, sei que sonho contigo, sei que te queria a meu lado, sei que queria viver para sempre contigo, e sei que os sonhos se realizam quando menos se espera.
Não gosto de pensar num fim, porque o fim é uma palavra muito forte.
Sei que existes e isso para mim é tudo, mesmo que nunca mais te veja, mesmo que nunca mais te sinta, mesmo que nunca mais cheire o teu cabelo. Serás tua personificação do meu Edward??????

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Tu existes!

Se me dissessem que tu existias, eu juro que iria sempre negar. Que para mim os anjos nunca desciam à terra, em circunstância alguma, era ponto assente até de repente ter um anjo como tu ao meu lado.
O pensamento apenas de que tu existes, ainda que não sejas mais do que um anjo já me faz sorrir. Há coisas que se desvanecem no correr dos nossos dias, mas simples pormenores podem mudar tudo. E esse pormenor por enquanto tens sido tu!
Deixo o meu mundo lá fora quando tu entras no meu dia, quando o teu sorriso se cruza com o meu, quando por alguma razão o teu olhar me beija e me diz: '' quero-te''. E todo o meu corpo estremece, e treme porque tu existes mesmo, e não és um fruto da minha imaginação, como sou tantas vezes levada a pensar. Que bom que és real! Que bom que tu existes!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

SAUDADES DA TERRA

Hoje senti de novo saudades de ti. Não me perguntes nem como nem porquê, mas estiveste presente no meu dia. E lembrei-me do meu poema preferido de António Gedeão:


Uns olhos que me olharam com demora,
não sei se por amor se caridade,
fizeram me pensar na morte, e na saudade
que eu sentiria se morresse agora.

E pensei que da vida não teria
nem saudade nem pena de a perder,
mas que em meus olhos mortos guardaria
certas imagens do que pude ver.

Gostei muito da luz. Gostei de vê-la
de todas as maneiras,da luz do pirilampo à fria luz da estrela,
do fogo dos incêndios à chama das fogueiras.
Gostei muito de a ver quando cintilana face de um cristal,
quando trespassa, em lâmina tranquila,a poeirenta névoa de um pinhal,
quando salta, nas águas, em contorções de cobra,
desfeita em pedrarias de lapidado ceptro,
quando incide num prisma e se desdobranas sete cores do espectro.

Também gostei do mar. Gostei de vê-lo em fúria
quando galga lambendo o dorso dos navios,
quando afaga em blandícias de cândida luxúria
a pele morna da areia toda eriçada de calafrios.

E também gostei muito do Jardim da Estrela
com os velhos sentados nos bancos ao sol
e a mãe da pequenita a aconchegá la no carrinho e a adormecê-la
e as meninas a correrem atrás das pombas
e os meninos a jogarem ao futebol.

À porta do Jardim, no inverno, ao entardecer,
à hora em que as árvores começam a tomar formas estranhas,
gostei muito de ver
erguer se a névoa azul do fumo das castanhas.

Também gostei de ver, na rua, os pares de namorados
que se julgam sozinhos no meio de toda a gente,
e se amam com os dedos aflitos, entrecruzados,
de olhos postos nos olhos, angustiadamente.

E gostei de ver as laranjas em montes, nos mercados,
e as mulheres a depenarem galinhas e a proferirem palavras grosseiras,
e os homens a aguentarem e a travarem os grandes camiões pesados,
e os gatos a miarem e a roçarem se nas pernas das peixeiras.

Mas... saudade, saudade propriamente,
essa tenaz que aperta o coraçãoe deixa na garganta um travo adstringente,
essa, não.

Saudade, se a tivesse, só de Aquela
que nas flores se anunciou,
se uma saudade alguém pudesse tê la
do que não se passou.
De Aquela que morreu antes de eu ter nascido,
ou estará por nascer – quem sabe? – ou talvez ande
nalgum atalho deste mundo grande
para lá dos confins do horizonte perdido.

Triste de quem não tem,
na hora que se esfuma,saudades de ninguém
nem de coisa nenhuma.

(António Gedeão)