segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Os dias vão passando lentamente

Colo-me a ti, e os meus dias têm outro sabor. Se apareces ficam cor de rosa e azul, se não dizes nada ficam cinzentos e castanhos. Tu tens esse condão!
Faz dias que me senti uma fada madrinha que te concedeu um desejo. Soube-me tão bem acompanhar-te num momento doce como aquele, em que me parecias uma criança com a excitação do seu brinquedo desejado. E eu estive lá naquele momento, estive perto de ti, na realização do que desejavas. Ainda fecho os olhos e guardo a tua imagem a desembrulhar o pacote. Acho que nem te apercebeste que eu estava ao teu lado, mas eu também naqueles momentos não era importante.
Espero que tenhas compreendido que o meu coração estava a transbordar de emoção, e de contentamento. Estar ao teu lado em qualquer altura já começa a ser um momento de comemoração. Por isso naquela tarde eu estava dentro de mim ao rubro, porque te queria acompanhar, e queria que soubesses que esta fada madrinha está para durar no acompanhar-te a cada dia.
Depois disso impôs-se de novo o silêncio próprio de quem passeia na vida, mas não pode parar a olhar para o lado. Nem posso dizer nada porque o silêncio é teu, és tu que me deixas assim, sem saber nada de ti. Por isso que fico com a ideia de que os dias vão passando cada vez mais lentamente.
Não voltei a ver a tua emoção, não vieste jantar comigo, nem me mostrar as façanhas da tua nova aquisição. Também não disseste que não o ias fazer, mas desapareceste! Quando dou por mim a sonhar contigo, conto os minutos que faltam para supostamente me encontrar contigo numa conversa virtual. Fico louca e completamente fora de mim se não te encontro.
Nunca ponho em causa o que sentimos, mas apercebo-me às vezes que ainda não está tão consolidado como o meu coração poderia desejar. Se estivesses apaixonado, estarias dependente de mim, e não me votarias ao abandono a que deixas.
Sinto que sou sempre eu que te procuro, e que nestes dias que passam, tu me queres, mas não o verbalizas como eu gostaria. E foi isso que me fez ficar triste e desanimada contigo. Foi a primeira vez que me senti a desfalecer, que senti que me deixavas para trás, e que talvez o meu melhor sonho, não fosse mais que o meu pior pesadelo. Quando caí em mim era tarde demais, já tinha dito tudo o que não devia ter sequer pensado.
Foi bem pior para mim, quando fui confrontada com a resposta que eu mais devo esperar de ti: estavas impossibilitado de me responder no momento, pelo motivo que eu sei! Xxxxxxiiiiiiiii se tu soubesses a raiva com que os meus dias continuaram de seguida, apeteceu-me morder em toda a gente, gritar que me deixassem em paz, e que não me dirigissem a palavra. Ainda mais quando este fim semana ia ter de receber tanta gente.
Os dias continuarão a passar mais que lentamente, porque por motivo a que sou alheia tu tas afastado. Queria tirar-te todo o stress, queria mostrar-te um lado calmo, e mostrar-te que valia a pena investires em mim. Mas tu não me dás qualquer margem de manobra, porque se estás afastado, se não me respondes, também não posso fazer aquilo que sei que te fazia bem, e que te acalmaria. Prometo a mim própria ficar quietinha no meu canto, mas fico em pulgas para saber de ti, para falar contigo.
E lá venho de novo meter-me contigo, mesmo que saiba que já nem me deves estar a poder aturar! Eu disse-te que as pessoas quando se apaixonam ficam parvas, e hoje é assim que me estou a sentir meio aparvalhada! Não tenho bem noção do que sentes ou melhor se sentes alguma coisa, mas continuarei aqui à espera, enquanto os dias passam!

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